Sei que não estou sozinho

Quando comecei a freqüentar as reuniões da N/A eu não sabia que sofria da famosa neurose. Só sentia que havia algo de errado, país era negativista e não via um modo de resolver meus problemas.

Com o passar do tempo compreendi que era uma doente emocional, porque a sensação que tinha era a de ter meus olhos vendados, pés e mãos amarrados e fechada em um quarto escuro, sem saída. Isso não era vida.

Permaneci na Irmandade e aprendi multo. Aprendi a ouvir, falar e pensar. Compreendi o que eram defeitos de caráter e vi que os possuía. Hoje tento praticar da melhor maneira o Programa de N/A e percebo que estou mudando para melhor. Sei que não estou sozinha: tenho companheiros que me ouvem e me compreendem. Mas o melhor de tudo foi eu ter admitido a existência de um Poder Superior a mim mesma. Sinto que, aos poucos, foram sendo tiradas as vendas de meus olhos, que meus pés e mãos foram sendo desamarrados, que no quarto escuro havia luz a que o Poder Superior me dera uma chave para que eu me libertasse desse “quarto” e começasse a viver.

E é essa luta por uma vida mais equilibrada, pela libertação da neurose que faz com que eu não desista de continuar na Irmandade. Pois tenho plena certeza da que vale a pena viver e se posso viver com maior equilíbrio emocional, muito melhor!

Nilza

Importante: Para Neuróticos Anônimos, neurótica é qualquer pessoa cujas emoções interferem em seu comportamento, de qualquer forma e em qualquer gráu, segundo ela mesma o reconheça.

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