(Transcrito do JOURNAL OF MENTAL HEALTH de novembro de 1966)
Agradeço a Deus, como O entendo, por ter-me dado a capacidade de amar e por ter retirado de mim meu egoísmo desmedido.
Humildemente peço para que eu continue a receber força e inteligência para prosseguir na nova vida que me foi concedida, a cada dia, um dia de cada vez, e que não regrida jamais, voltando a ser aquela coisa horrível que eu era, se for essa a Sua vontade.
Sei que, quando estava doente, eu era incapaz de amar e estava cheio de egoísmo. Era essa a minha doença e a causa da minha doença. Busquei o amor diretamente dos outros, sem tê-lo dado primeiro. Egoisticamente eu queria agarrar o amor, tentando arrancá-lo á força. Só o que me interessava era aquilo que eu queria e como as coisas iriam me afetar. Agora eu amo os meus semelhantes e penso neles – a minha pessoa não importa. E amando os outros e pensando neles foi-me dado amor em abundância – um amor que vai além da compreensão humana. Recebi amor, felicidade, uma vida rica e plena, e tudo isso porque o Deus do meu entendimento ensinou-me a amar o próximo e a lutar para vencer o egoísmo. Descobri que o amor e uma vida rica e plena são os produtos da capacidade de amar e do desprendimento – e, inversamente, que a doença emocional é o produto da falta de amor e do egoísmo. Essa compreensão me foi dada por Deus, como O entendo; não cheguei a ela pelo intelecto, por nenhum processo de racionalização. A mesma dádiva poderá ser concedida a você, também, se se preparar para recebê-la. Todo ser humano pode ser sadio, feliz, cheio de vida e da alegria de viver, bastando apenas que faça a parte que lhe cabe. É essa a benção, é esse o milagre que NÃO DEIXA NUNCA DE SE MANIFESTAR. Estou profundamente grato.
Importante: Para Neuróticos Anônimos, neurótica é qualquer pessoa cujas emoções interferem em seu comportamento, de qualquer forma e em qualquer gráu, segundo ela mesma o reconheça.