Na minha cabeça, orgulho e egoísmo se confundem. São muito parecidos.
Pelo egoísmo, egocentrismo e orgulho, quero ser o “centro das atenções”, quero estar num altar.
Tudo deve convergir para minha rica pessoa. A atenção das pessoas para comigo deve me fazer sobressair, os benefícios devem ser maiores para mim, quero ser destacado como o melhor, mais bonito, mais inteligente, só eu sei o que está certo, o que é verdade, devo ter o melhor lugar à mesa, devo dirigir as outras pessoas, meus filhos são os melhores, mais bonitos, mais inteligentes, merecem um ótimo casamento etc.
Se isso não acontece, me ofendo, emburro porque não fui cumprimentado efusivamente, porque minhas idéias não foram postas em prática, porque não fui convidado, porque outras pessoas agradam mais, etc. Afinal, sou mesmo melhor que os outros? Valho mais que eles? Por que? Por orgulho sou tímido, não admito me sair mal diante das outros, não tenho a humildade de me expor, não admito errar como os outros. É o complexo de superioridade e não de inferioridade como costumamos pensar. Para nós, só os inferiores fazem feio ou erram. Nós não.
Por orgulho, menosprezo as pessoas, olho por cima, reclamo sempre da maneira como fui tratado, escolho as pessoas com quem vou conversar, só quero o que dá status, me isolo, estou sempre de mau humor, e vai por ai.
Enfim, me valorizo demais, por isso me ofendo tanto. Esqueço que sou um ser humano como todos os outros, com qualidades e defeitos.
C. F. P.
Importante: Para Neuróticos Anônimos, neurótica é qualquer pessoa cujas emoções interferem em seu comportamento, de qualquer forma e em qualquer gráu, segundo ela mesma o reconheça.