Quem tinha que mudar era EU

A minha historia é grande, mas vou resumi-la: Aos 3 anos fiquei órfã de pai subitamente. Já ouvia todos dizerem: “Coitadinha”.

Multo pobre…, paparicada, e muito querida. Cresci. e as decepções não faltaram, após completar o curso ginasial, ande estudava, num colégio de freiras, em troca da faxina, convivia com as internas e as invejava.

Com aquele diploma, queria continuar os estudos à noite e trabalhar para retribuir um pouquinho daquilo que minha mãe fazia por mim (como lavadeira). Não consegui a bolsa, daí a revolta.

Casei-me normalmente. Quatro filhos lindos e normais. Mas tudo já parecia demais quando acumulavam todos os serviços. Não dava conta da tarefa. O marido de gênio fortíssimo, não falávamos a mesma linguagem, porque cada um queria ter razão. Brigas, brigas, brigas. A pessoa mais próxima era a culpada, eu não! O marido! E os filhos!

Já morando em São Paulo, jovens, chegavam do trabalho, e o pai também. Encontravam-me desmaiada na cama, então iam para a cozinha, Já estava perdidamente sem solução. Internada duas vezes. Remédios: quinze comprimidos por dia. Bom, agora vieram as coisas boas. Conheci N/A.

A primeira vez em que fui não gostei nada. Que horror. Só falavam em problemas! Chegam os meus Dai recebi um folheto. Oração da Serenidade. Comecei a viver novamente. Naquela semana já consegui dormir alguns minutos e deixei a turma dormir, porque tinham de trabalhar e eu os prejudicava a noite toda. Foi uma descoberta linda para toda a família. Levavam-me a N/A todas as semanas, até que me pegaram cantando novamente, o que há muito tempo não mais fazia. Daí o desejo sincero de sarar. Já não queria mais morrer. Não pensava mais em suicídio. Psiquiatra? Nunca mais, desde 1984. Aprendi a talar a mesma linguagem e vi que quem tinha de mudar era eu!

Hoje agradeço ao Poder Superior, aos companheiros de N/A e a Grover. Que o Décimo Segundo Passo seja sempre a minha meta. Passei uma borracha no meu passado e ”Só por hoje evitarei o descontrole emocional’.’

Terezinha

Importante: Para Neuróticos Anônimos, neurótica é qualquer pessoa cujas emoções interferem em seu comportamento, de qualquer forma e em qualquer grau, segundo ela mesma o reconheça.

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