Depressão – Eu era uma vítima das situações

Desde a infância, as emoções interferiram em meu comportamento. Veio a adolescência, a época de escola e essa interferência foi aumentando muito devagar. Era quase imperceptível. Os conflitos com meus pais e meus irmãos eram constantes. Sempre atribuí esses problemas aos outros e às circunstâncias externas.

Tive um primeiro namoro sério, o noivado, o casamento e veio o primeiro filho. Aumentou bastante a interferência das emoções em meu comportamento e um médico da família receitou um calmante natural – Pasialix – a base de maracujá, como um auxílio àquela fase que exigia muito de mim.

Os anos passaram e os problemas do casamento aumentaram e se somaram a dificuldades com os filhos, desentendimentos com outros membros da família, com amigos e dificuldades na vida profissional e social.

Sempre atribuí tudo a fatos externos. Eu era uma vítima das situações!

Meus problemas emocionais se agravaram, e com eles, todos os relacionamentos. A situação chegou a tal ponto que me tornei prisioneiro de mim mesmo, dos problemas que criava e das situações em que acabava me envolvendo.

O N.A.

Foi nessa época que ouvi falar pela primeira vez em N.A. Minha reação foi tão violenta que cortei as relações com um grande amigo e bom companheiro.

Meus problemas começaram a se agravar e surgiram medos, insônia, depressão e mais um monte de sensações emocionais e físicas que infernaram minha vida.

Busquei auxílio em médicos, psicólogos, padres, pastores, médiuns e mãe-de-santo. Em todos esses lugares via alegria e felicidade e me afundava cada vez mais.

Um dia, abrindo o jornal da cidade, li uma reportagem sobre Neuróticos Anônimos. Meu desespero era tão grande que decidi ir a uma reunião. Cheguei até o local da reunião e voltei para casa derrotado pelo tremor, náuseas, tonturas e um suor frio que me dominaram. Como minha situação só piorava, duas semanas depois, graças a gotas de chás, consegui entrar na sala de reuniões.

Fui extremamente bem recebido e permaneci calado durante toda a reunião, procurando compreender pôr que aquelas pessoas, que se assumiam como neuróticas, eram tão serenas.

HOJE

Hoje, passado um bom tempo e tendo reconquistado uma boa parte do que perdi, incluindo meu grande amigo, compreendo que, em qualquer época que tivesse me aproximado de N.A. teria iniciado minha recuperação e atingido a serenidade através do programa de Neuróticos Anônimos.

Quase avô, agradeço o momento em que aceitei minha impotência diante das emoções e resolvi viver o programa de N.A.

B. F.

Importante: Para Neuróticos Anônimos, neurótica é qualquer pessoa cujas emoções interferem em seu comportamento, de qualquer forma e em qualquer grau, segundo ela mesma o reconheça.

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