Falando de Ansiedade

Minha experiência me ensinou que a ansiedade pode chegar a ser uma doença neurológica e necessitar de ajuda médica especializada.

Sou fruto de um casamento entre uma pessoa alcoólica e outra depressiva.

Fui criada num ambiente de temor; o medo, a agressividade e a culpa imperavam naquele ambiente. Assim, eu não consegui desenvolver o sentimento de confiança nas pessoas, na vida e em mim mesma.

Aprendi que o medo é uma defesa natural do ser vivo, mas em se tratando de humanos, há um “agravante”: somos capazes de raciocinar e criar nosso próprio sistema de defesas, usando sentimentos negativos, e a minha mente aprendeu a ser ansiosa, a viver com uma expectativa de que algo ruim poderia acontecer a qualquer momento. Isto é ansiedade.

Meu cérebro aprendeu a viver acelerado, e ao desacelerar, entrava na tristeza continuada, na melancolia e na perda do sentido da vida.

A ansiedade me levou a compulsões, tais como; comprar coisas, agradar pessoas, e viver fugindo de mim mesma (sentimento de inadequação).

Nesta jornada, aprendi que a ansiedade tanto pode acelerar quanto paralisar.

No meu caso, acelerava; eu ficava preocupada demais com o futuro, queria manter o controle de tudo (e de todos) ao meu redor. Conheço exemplos de pessoas que simplesmente se paralisam, ficam com o raciocínio lento e com sintomas de depressão ou falta de motivação para realizar-se como pessoa.

Em N/A (Neuróticos Anônimos) fui aprendendo a me conhecer e a reconhecer os gatilhos que podem acionar uma crise de ansiedade.

Com os Princípios sugeridos para a recuperação, tenho conseguido me respeitar e respeitar as outras pessoas; não preciso mais viver no controle neurótico. Aprendi a não usar minha ansiedade para manipular os outros e as situações. Para mim N/A é uma Escola cuja matéria são as emoções e como lidar com elas. Hoje vejo as emoções negativas como a mente compulsiva. Eu era viciada em energia mental negativa.sso passou e “Só por Hoje” vivo minha recuperação.

Anônima